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Revista Viva São Paulo
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Grande Renata, Lá vai, parabéns pelo seu trabalho, e equipe, abraços Marcão
O IMPORTANTE É SE VENDER
“Todo rico é vendedor e se sua fortuna não foi herdada, é porque é bom vendedor. Não existe nenhum trabalho em que o profissional não precise se vender. Como o médico pode ser bom vendedor? Você tem dois recém formados, dois gênios do bisturi: um só estuda e opera e o outro, além de estudar e operar, é bom conversador, sabe vender seu trabalho. Vamos supor que eles sejam cirurgiões plásticos, a paciente pergunta para o primeiro: essa prótese vai ficar boa? Ele responde: pode ser... Você me dá garantias? Não, nenhum médico pode dar garantias. Já o segundo diz: vai ficar excelente! Eu posso apresentar aqui dez pacientes, olha só como ficou! Você me dá garantias? Ele diz: eu já operei centenas de mulheres, só uma teve problema com a cicatriz, mas foi resolvido e o resultado foi ótimo! Esse cara é tão bom vendedor, que em, 15 anos, vai operar muito mais que o primeiro. Ainda tem o terceiro médico que, além de bom vendedor, é marqueteiro. Esse vira a referência da área, vira o Ivo Pitangui.”
PRECONCEITO
“Há algum tempo o público do Shop Tour é definido como classes A e B. Todo o mundo que está assistindo à televisão, vê alguma coisa que interessa e para. Mas alguns anunciantes ainda são resistentes. Quando Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho me procuraram para anunciar, avisei que era incomum divulgar roupas de estilistas, mas eles disseram: “Nós não temos preconceito, fazemos roupas pra gente bonita e não para quem tem dinheiro”. A Rosa Chá também me ligou e disse que estava com 50 mil biquínis parados. Depois da ‘propagandinha’ que fez no Shop Tour, uma multidão virava o quarteirão em frente à loja. Estou gravando nos EUA algumas liquidações de grandes marcas, como Polo Rauph Loren e Salvatore Ferragano, para mostrar que lá não tem esse papo de preferir queimar a roupa a botar
AS CÓPIAS DE GALEBE
“Quando saí do CBI em 2005, o canal fez o Mix TV, um programa igual ao meu. O impacto foi enorme. Eles instalaram-se no canal onde fiquei por 11 anos e falaram para os clientes: o nome mudou, mas continua tudo igual. Eles contrataram, inclusive, os apresentadores do Shop Tour. Como o público iria saber que não era a mesma coisa? Agora conseguimos nos recuperar. Fomos para a Justiça, mas no Brasil não se dá valor ao direito intelectual. Registrar uma idéia só serve para afirmar que foi você quem a criou, mais nada. Há 20 anos, a publicidade em varejo não era nem sombra do que é hoje. Muita gente imita o Shop Tour, ninguém cria mais nada. Nossas cópias são como cacatuas, falam seis mil palavras e têm o raciocínio de uma criança de cinco anos. Só que essas aves não sentem nada, não sabem o que falam. Eles pensam que estão fazendo algo inteligente, mas ao contrário. Liga pra mim que eu franqueio o Shop Tour! Já tenho várias franquias pelo Brasil.”
CARTILHA DO BOM VENDEDOR
“Não existe a profissão de vendedor. O cara que não vende é o quê? Um ‘desvendedor’? Vendedor é habilidade, é prática. O bom vendedor conhece todos os lados da guerra que vai enfrentar: o comprador, o concorrente e a si próprio. Eu me acho bom vendedor, tem gente que acha que sou o melhor, tem gente que acha que estou depois do José, do João. Não me importa, não estou ranqueado nem vou me ranquear. Durante toda a minha vida o que fiz foi vender idéias. O vendedor bem sucedido é aquele que passa suas idéias para frente. É o entusiasmado, o apaixonado. A relação de compra e venda é uma conquista, pois todo mundo faz charme quando quer vender ou comprar. Sempre digo que o bom vendedor se casa com mulher bonita e a boa vendedora tem um gatão em casa.”
CLUBE SHOP TOUR
“Você é dono do dinheiro, todo mundo quer sua grana e você tem que ir às compras! Não está certo! Alguém com dinheiro pra comprar deve ser paquerado. Imaginei um local onde todos compram em grupo, pois a união faz a força. Milhares de pessoas vão se cadastrar no site do Shop Tour e depositar seus desejos, elas vão fazer parte do Clube Shop Tour. Vou chegar a uma empresa ou ao fabricante de TV, por exemplo, com os dados de três mil pessoas que querem comprar o aparelho e dizer: querem mostrar seu produto? Para cada vídeo, com a oferta, aberto através da internet, a empresa vai me pagar um certo valor. Ao invés de eu vender uma publicidade no Shop Tour e o cliente ficar rezando pra todo mundo levá-lo direto ao provável comprador. O risco publicitário despenca e a chance de ganho aumenta. Já o sócio do Clube vai comprar mais barato, com grande número de desejos na mão, vou conseguir direto com o fabricante, ou a loja, o melhor preço que ele já viu, não só de uma, mas de várias marcas.”
Um comentário:
Marcão, parabéns pela postagem, crie e não pense em cri(s)e.
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